Quando se procura o silêncio, na calada da noite e no vazio dos nossos pensamentos, algo brota do nosso coração e faz-se ouvir. Ouve-se com muita clareza e até demais que se torna por vezes incomodativa.
Incomoda porque faz-nos pensar e impulsiona a agir, mas que agir?! Sabe-se que é nela que temos de confiar e seguir segundo o que nos pede. MAS? Porque há sempre um mas…mas muita vezes, não tem sentido (“não bate a bota com a perdi gota!”), fala bem cá no fundo com uma certeza enorme para passos, que contrariam a minha voz e a voz do mundo, ou seja, parece que não é para mim a sua conversa sem palavras e sim que se enganou com quem queria falar. Muitas vezes me apetece responder-lhe ‘Foi engano! Tente outra vez!’ ou ‘Tente mais tarde!’. Então aparece a pergunta: Porquê eu?
A ironia nisto tudo está em afirmar que temos a maior Liberdade do Mundo para fazer as nossas escolhas, quando sabemos perfeitamente que se ignoramos a voz do coração estamos a correr em direcção ao destino: Infelicidade.
Não é tão fácil quanto parece seguir a voz do coração…
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